quinta-feira, 13 de outubro de 2011

As mudanças no iPhone 4S

Depois de tanta especulação, não rolou um iPhone 5. O que a Apple realmente lançou hoje – no evento que teve cobertura online pelo Blog do BIT, com Juliana Sakae – foi uma atualização do iPhone 4.
Mas como tudo que leva a marca da maçã, o iPhone 4S empolgou.
Seguindo o que aconteceu com o iPhone da terceira geração, a Apple optou por lançar um aparelho com o mesmo design, mas especificações técnicas melhores.
Apesar de errarem na expectativa de lançamento de um novo iPhone, os especialistas acertaram que o 4S terá um chip A5, o mesmo que roda no iPad 2. Só não terá mudança nenhuma em seu visual.
Como disse Phil Schiller, vice-presidente mundial de produtos da Apple: Não muda por fora, mas por dentro é totalmente novo.
Vamos ao que realmente muda:
- O chip A5 vai deixar o novo telefone até duas vezes mais rápido que o antigo.
- A vida útil da bateria será de oito horas durante o uso do 3G, de 14 horas no sistema 2G e de 10 horas de autonomia para vídeos.
- A velocidade do novo aparelho vai permitir que o smartphone possa funcionar melhor nas novas redes 4G.
- O iPhone 4S funcionará em sistemas GSM e CDMA.
- A câmera de 8 megapixels de resolução é melhor do que muitas máquinas fotográficas do mercado e na comparação com o iPhone 4, melhora em 60% a qualidade das fotos. Além disso, filma em uma resolução de 1080, a mais alta nesse mercado.
- A novidade mais interessante fica por conta do Siri, a implementação de um sistema de comandos de voz. Agora o iPhone literalmente conversa com você. Responde como está o clima, agenda suas tarefas ao comando da voz, e alerta sobre tarefas a serem cumpridas.

O problema? Ah, o Siri só fala e entende inglês, francês e alemão. Mas, segundo a Apple, outras línguas estão em fase de testes.

O iPhone 4S vai estar disponível no mercado americano na semana que vem, dia 14 de outubro, ao preço de US$ 199 para a versão de 16 GB; US$ 299 por 32 GB; e US$ 399 pela versão de 64 gigas.

Como sempre que é anunciado um novo iPhone, o antigo, o 4, ganha uma versão de 8 GB por US$ 99. E O iPhone 3GS pode ser vendido de graça mediante contrato fechado de dois anos com a operadora.

Pena que estes preços e condições não chegam ao Brasil, onde um iPhone 4 custa R$ 2 mil.

Windows 8 consome menos memória

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A Microsoft anunciou que o Windows 8 vai consumir menos memória do que o Windows 7. Segundo a empresa, o objetivo inicial era apresentar os mesmos requerimentos do Windows 7. Com isso, eles seriam capazes de garantir que as pessoas que utilizam aplicações para essa versão pudessem utilizá-las no Windows 8 sem maiores dificuldades, dispensando a compra de um novo aparelho causada pela mudança do Sistema Operacional.
No entanto, a Microsoft ponderou na necessidade de adaptar o uso do sistema para os tablets e dispositivos do tipo SoC (baseados em chip), que consomem pouca bateria. Para isso, é essencial que o sistema deixe a memória disponível para que o dispositivo possa executar aplicações de forma concorrente e tenha como mantê-los rodando simultaneamente.
Em setembro, durante uma demonstração nos Estados Unidos, a Microsoft apresentou uma comparação entre os Windows 8 e 7 no que diz respeito ao uso de memória. Ambos foram instalados em uma máquina com 1 GB de memória RAM, que seria o requisito mínimo para rodar o sistema.

Confira o resultado:


Presidente Dilma sanciona lei que reduz preço de tablets feitos no Brasil

A presidente Dilma Rousseff sancionou hoje a lei que concede isenção de PIS e Cofins na venda a varejo de tablets fabricado no Brasil. A intenção do governo é reduzir em mais de 30% o preço final do produto ao consumidor. A lei entra em vigor a partir de quinta-feira.

O texto foi enviado ao Congresso Nacional por meio de medida provisória, assinada pela presidente no final de maio, e sofreu algumas modificações. Na Câmara, por exemplo, deputados especificaram que o tablets não podem ter “função de controle remoto” para evitar que televisores pudesse utilizar os benefícios.

A lei sancionada define o produto como “máquinas automáticas de processamento de dados, portáteis, sem teclado, que tenham uma unidade central de processamento com entrada e saída de dados por meio de uma tela sensível ao toque de área superior a 140 cm² e inferior a 600 cm² e que não possuam função de comando remoto”.
Por sugestão do Ministério da Fazenda, a presidente vetou apenas um trecho da lei, que previa a aplicação de seus efeitos de forma retroativa, a contar de 20 de maio.

Na quinta-feira, está prevista uma reunião de Dilma com o presidente da Foxconn, Terry Gou, que chegou a anunciar investimentos de R$ 12 bilhões no Brasil para produzir o iPad da Apple no país. Depois voltou atrás. Os planos da Foxconn para levar o projeto adiante fracassaram. A primeira opção era ter o BNDES como sócio, o que não foi aceito. A outra era levantar o dinheiro por meio de uma oferta inicial de ações, ideia abandonada devido à crise financeira global. As obras deveriam começar em julho.

Enquanto isso, os iPads genuinamente nacionais, como o Ypy da Positivo, já estão chegando ao mercado. Outras empresas como a Samsung, que já produz seu tablet Galaxy sete polegadas no Brasil, estudam investir para fabricar aqui a versão com 10 polegadas. A brasileira Multilaser e a catarinense Aiox do Brasil também colocam seus tablets no mercado apoiados pela nova lei.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Seminário debate uso de computador na sala de aula

Projetos de Brasil, Colômbia e EUA dividiram espaço no evento

pedro.moreira@zerohora.com.br Qual a relação entre o efeito do uso do computador em salas de aula colombianas, o desempenho de uma escola americana com gestão público-privada e o Bolsa-Família? Os três temas pautaram um encontro de especialistas brasileiros e internacionais em São Paulo, ontem. Focado nos resultados de projetos sociais, o 7º Seminário Itaú Internacional de Avaliação Econômica de Projetos Sociais discutiu políticas públicas e gestão em educação.

Um dos responsáveis pelo estudo que demonstrou a ineficácia de um programa de inserção de computadores em salas de aula em escolas da Colômbia, o colombiano Felipe Barrera-Osorio, consultor do Banco Mundial, acredita que a causa do mau resultado não é a falta de treinamento para os professores. Para ele, a forma correta de usar a ferramenta ainda não foi encontrada.

– Há alguma tendência de que os computadores que vão diretamente para as crianças têm resultado melhor do que quando mediados por professores – avaliou Barrera-Osorio.

O professor da Escola de Economia de São Paulo (EESP/FGV) Sergio Firpo, um dos debatedores do evento, considerou o resultado estimulante, embora tenha sido negativo:

– Essa análise pode mudar a forma como os gastos em educação são direcionados. Talvez isso seja o dinheiro da sociedade jogado fora – concluiu.

Em outra temática, a doutora em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), a especialista americana Susan Dynarski apresentou uma avaliação que demonstrou os resultados positivos obtidos por uma escola dos EUA no modelo Charter – instituições organizadas e administradas pela iniciativa privada, mas com financiamento e regulação do poder público. Entre as causas do bom desempenho estaria a meritocracia entre os alunos, que apresentaram melhores resultados em matemática e leitura em relação a escolas públicas convencionais.

Do Brasil, foram apresentados os resultados do Programa Saúde da Família e de um estudo sobre as creches públicas na inserção das mães no mercado de trabalho no Rio. Além disso, debateu-se o impacto do Bolsa-Família na frequência, no abandono e na aprovação escolar no país.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Escolas gaúchas começam a substituir lousas tradicionais por digitais

Interatividade do novo quadro-negro é um dos diferenciais para atrais alunos

Gustavo Azevedo | gustavo.azevedo@zerohora.com.br

Preto, branco, azul ou verde. Não importa a cor que tenha, o fim dele está próximo. Base do ensino desde o século 19, o tradicional quadro retangular no qual professores escrevem com giz ou caneta poderá se tornar peça de museu.

A substituição pelas lousas digitais ou interativas – equipamentos que agregam internet, vídeos, animações, jogos e outros aplicativos concentrados numa só placa – começou a se tornar realidade nas escolas gaúchas.

O colégio Kennedy, na Capital, é um dos pioneiros a apostar na novidade. Instalou no início deste ano as novas ferramentas nas suas 16 salas de aula, fazendo com que os 1,2 mil alunos e os 48 professores passassem a abandonar, gradativamente, o antigo e sempre empoeirado quadro-negro.

– A extinção do antigo quadro vai ocorrer, mas ele ainda é utilizado. Assim como o caderno e o lápis – afirma a supervisora geral do colégio, Raquel Mallmann.

A mudança é radical, especialmente para os educadores. Perto das lousas interativas, as aulas com giz parecem pertencer a um passado distante. A partir de um programa disponível na internet, os professores montam as aulas agregando vídeos, imagens, exercícios, mapas e links. Numa aula de ciências, por exemplo, os alunos não dependem mais do talento artístico do professor para conhecer as formas de uma célula humana. O desenho aparece na tela em 3D. As telas têm sistema touch screen, possibilitando o professor e os alunos interagirem, escrevendo, desenhando ou jogando com um simples toque de dedo. Além disso, todo o conteúdo escrito pelo professor pode ser enviado por e-mail.

– Eles prestam muito mais atenção agora. Não é mais uma agitação porque não aguentam mais a aula, mas uma agitação pelo conhecimento. Uma agitação pedagógica – afirma a professora Letícia Missel de Souza, que ainda passa por treinamento.

Para os alunos, a gana pelo saber parece ter sido aguçada ao extremo. No Colégio Kennedy, insistem em participar das aulas.

– É muito mais legal. A gente pode escrever ou jogar na tela – disse o aluno do 1º ano do Ensino Fundamental Gabriel Cardoso de Castro, 7 anos.

A lousa interativa é utilizada como diferencial para atrair alunos. A escola Sagrado Coração de Jesus, em Ijuí, estampa no seu site a novidade.

Passado e futuro
SALA DE AULA
- O modelo padrão, calcado no quadro negro, alunos em fila e professor à frente, está aos poucos sendo substituído por uma sala de aula criativa, com classes coloridas e dispostas em círculos, paredes revestidas que possam ser riscadas e as lousas digitais, que transformam o ambiente e incentivam a participação do aluno
PROFESSORES
- Baseada na ordem e na disciplina, a figura do professor à frente da sala de aula falando sozinho ou escrevendo no quadro tende a ser um cenário do passado. Essa nova geração de alunos precisa se sentir estimulada e envolvida. Os educadores se transformaram em mediadores, repassando conhecimentos e aprendendo com os próprios estudantes
APRENDIZAGEM
- Conforme especialistas, escolas e professores devem aprender a lidar com as novidades e tecnologias. A simples proibição pode não ser o melhor caminho. Com uma geração altamente conectada, ansiosa e inquieta, o papel do professor é ajudar a selecionar o que é mais relevante para a formação dos alunos